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MEMÓRIA E VERDADE
No Chile, Silvio Almeida participa da inauguração de placas em homenagem a brasileiros exilados no país latino-americano
Placa estampa dizeres como "Nunca mais ditadura no Chile e no Brasil" (Foto: Ruy Conde - Ascom/MDHC)
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participou nesta terça-feira (12), em Santiago, no Chile, da cerimônia de inauguração de placas em homenagem à expressiva comunidade brasileira exilada no Chile antes do golpe e aos mortos e outras vítimas brasileiras de violações de direitos humanos pela ditadura chilena.
O evento fez parte dos atos alusivos aos 50 anos do golpe de Estado no Chile e recebeu, além do titular do MDHC, o assessor especial Nilmário Miranda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, representantes do Itamaraty e um grupo de ex-exilados brasileiros no Chile.
Durante o ato, o ministro ressaltou a importância da manifestação. “A luta que nós travamos hoje, pela reconstrução da memória, por fazer justiça, por descerrar a verdade e pela não-repetição do que houve no passado. Este é o momento de invocação, de divulgação da memória. Este um grito que é dado também para aqueles que se foram”, enfatizou.
Defesa da democracia
Em defesa da democracia, o ministro afirmou que "todo governo só faz sentido se tiver conexão com o povo". A declaração é dada em aceno a regimes políticos que se impuseram à revelia da vontade popular por meio de golpes políticos dados contra a América Latina nas últimas décadas.
Ainda durante a fala, Silvio Almeida lembrou que a história da América Latina é marcada pela ausência do luto. “Para que nós possamos ter luto, nós precisamos fazer luta. Nós estamos, aqui, lutando pelo luto. E por que é importante lembrarmo-nos dos mortos? Porque quem não respeita a morte não respeita a vida, quem não valoriza os mortos não pode valorizar aqueles que estão vivos”, apontou.
Na ocasião, Silvio Almeida também destacou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela democracia e soberania de toda a América Latina. “O governo brasileiro tem compromisso inadiável e inabalável com as políticas de memória, justiça, verdade e não repetição”, frisou.
O ato é uma iniciativa do Coletivo “Viva Chile”, integrado por brasileiros e brasileiras que viviam no Chile quando ocorreu o golpe militar de 11 de setembro de 1973 e por alguns de seus filhos e netos. Além dos nomes das vítimas, as placas, que ficarão instaladas na Praça Brasil, em Santiago, serão transferidas para a Embaixada do Brasil, quando a reforma do prédio estiver concluída, com frases em defesa da democracia. Ontem, o governo chileno decretou luto em memória das vítimas da ditadura sofrida pelo país.
(Foto: Ieda Uema Fontes)
Outras agendas
Na capital chilena, o ministro Silvio Almeida participou, ainda, no último domingo (10), da abertura de exposição fotográfica sobre os 50 anos do golpe de Estado no Chile. Já na segunda-feira (11), o gestor foi recebido, junto aos demais convidados estrangeiros, pelo presidente chileno, Gabriel Boric, onde participaram, no Palácio de La Moneda, de ato cultural e ato comemorativo de alto nível.
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Edição: R.D.
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